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琉球古典 - Ryukyu Koten, a música da corte do reino de Ryukyu

Ryukyu Koten Ongaku é o termo geral utilizado para representar a música que foi executada durante a corte do Reino de Ryukyu, que antes de ser anexada ao Japão, era um reino independente. O reino prezava bastante pela paz e era conhecido como um reino que fazia intercâmbios com outros povos e por sua localização estratégica no coração da Ásia, tinha uma economia mercante e realizou muitos intercâmbios culturais.



Nesses intercâmbios, chegaram no Reino instrumentos musicais como o sanshin e o koto, que se fundiram à música local. Por ser um reino que dava bastante importância para a cultura, a música de Ryukyu a início se desenvolveu somente dentro da corte, gerando o Ryukyu Koten, a música clássica. Essa arte foi desenvolvida com laços profundos com as danças clássicas de Okinawa e o Kumiodori. Lembrando da parte histórica, Ryukyu tinha uma relação tributária com a China, que frequentemente enviava emissários. Para entretê-los, a música e dança da corte era performada.


Após a primeira metade do século 17, vários mestres apareceram e, eventualmente, partituras musicais foram inventadas, e as três escolas de Tansui-ryu, Afuso-ryu e Nomura-ryu foram transmitidas até hoje. Essas duas últimas são as principais escolas que existem, com filiais inclusive no Brasil.


Devo lembrar que essa separação entre música clássica e folclórica é feita somente para facilitar os conceitos, mas na verdade, muitas músicas folclóricas fazem parte do repertório clássico.



Minha experiência

Vou ser bem sincero que de início, não tinha muita expectativa de treinar Ryukyu Koten. Sempre achava as músicas parecidas e não entendia nada da letra, mas quando fui para Okinawa, vi minha amiga Bruna Oshiro tocando no palco e achei tudo tão bonito! Juntou também uma vinda de senseis de Okinawa para apresentar com o Satoru Saito aqui no teatro Gazetta na avenida Paulista e achei tudo muito emocionante.


Veio a pandemia e os senseis de lá se abriram para fazer aulas online e vi que um desses senseis que estava na comitiva que vieram ao Brasil estava dando aulas. Me disseram que seria uma oportunidade única e não deu outra. Desde a pandemia comecei a fazer aulas com o Nakamura Itsuo sensei, professor da Universidade de Ryukyu.


Vou ser sincero que me surpreendi e cada aula é uma diversão e desafio novo. As letras em Ryuka (poema de Okinawa), mesmo tão antigas, fazem total sentido no contexto atual. A comparação entre a natureza e o sentido humano são sempre profundas e belas. E para mim, trazer nesses simples versos a emoção com o sanshin e o canto é um grande desafio. Perceber a beleza no simples e também o sentido do ying-yang, claro e escuro, a dualidade da vida.



Fontes

https://www.utasanshin.jp/cont2/11.html

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